domingo, 3 de julho de 2011

Visita técnica à Mata do Pau Torto

A primeira visita técnica realizada na segunda etapa do Plano de Gestão Participativa de Santa Luzia do Itanhi, realizada pelo IPTI, foi ao povoado de Pau Torto, a 12km da sede do município. Ao todo compareceram 15 participantes - representantes da sede de Santa Luzia do Itanhi e dos povoados São José, Priapu, Piçarreira, Murici e Rua da Palha. Cinco novos membros (que não participaram das etapas de sensibilização e mobilização) se uniram a nós no Assentamento Agrovila em Pau Torto, acompanhados do líder local Vandilson Santos. Como no município de Santa Luzia do Itanhi encontra-se uma das maiores reservas de Mata Atlântica do estado, fomos conduzidos a conhecer – a 1,5 km do Assentamento - parte da reserva do Pau Torto. Em aproximadamente uma hora e meia, caminhamos pela mata fechada, com pequenas e estreitas trilhas em seu interior. A reserva é bastante compacta e impressiona pela altura das copas das árvores, o que a torna uma boa opção para a exploração de atividades ligadas ao ecoturismo e turismo de aventura, como o trekking.

Liderança local faz explanações sobre a reserva de Mata Atlântica em Pau Torto.

Ao longo do caminho, parávamos para ouvir histórias de como o líquido retirado das árvores comuns na região cura ferimentos ou de pedaços de troncos que serviam como excelente defumador para casas. Apesar do nosso condutor local, Vandilson Santos, ser grande conhecedor da mata e de boa parte do ecossistema encontrado ali, ficou evidente a importância de um engenheiro florestal, biólogo ou guia de turismo especializado para ilustrar tecnicamente a diversidade que estávamos presenciando e a importância daquela experiência na vida dos visitantes que optaram por desbravar tal roteiro. Quando não há um atrativo significativo a ser alçado ao fim da trilha, como uma cachoeira ou uma vista singular, o trabalho do guia de turismo deverá ser ainda mais intensificado durante o percurso para fazer valer o esforço dos visitantes que chegaram até ali.

Comunidade local participa da trilha ecológica realizada pelo IPTI.

Em vários trechos podemos perceber a dificuldade de travessia para alguns visitantes menos experientes, pois haviam desde pequenos riachos a grandes troncos caídos pelo caminho. Com isso, observamos a importância da presença de um profissional com curso de primeiros socorros transportando um kit com as medicações necessárias para quaisquer emergências inesperadas. Outro passo fundamental é comunicar com antecedência aos participantes o tempo do percurso e as particularidades da trilha ecológica a ser realizada, assim como orientá-los sobre o uso de repelente contra insetos, protetor solar, boné, botas sete léguas e calça jeans durante todo o trajeto. O ponto fraco apontado pelos participantes do potencial visitado, além da dificuldade de alguns para atravessar trechos mais intricados, é a retirada ilegal de madeira e a considerável quantidade de lixo deixada pela própria comunidade local na entrada da Mata. (Explica-se que o motivo da prática se deve à falta de coleta de lixo naquela específica área).

Ao final da visita técnica, os participantes almoçaram no restaurante Ponto 100 localizado no povoado Priapu II (a 3km da entrada da Mata), onde foi servido com agilidade e notória receptividade, comida caseira saborosa com opções de carne, frango e camarão a R$10 por pessoa.

Almoço com a comunidade em restaurante do povoado após trilha ecológica.


Potencial turístico visitado: Reserva da Mata Atlântica

Povoado: Pau Torto

Data: 21 de junho de 2011

Tempo para a realização da visita: 3h

Número de participantes: 20

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