sábado, 10 de setembro de 2011

Segundo dia de Workshop de Roteirização na cidade de Estância

O segundo workshop de roteirização em Estância aconteceu no dia 18 de agosto. O grupo, composto por líderes comunitários, artesãos, agentes da secretaria municipal de turismo se reuniu, como de costume, em frente ao SEBRAE. De lá partimos por volta das 9h rumo ao Trapiche, localizado no bairro Porto D’Areia, local onde, segundo os moradores, a cidade de Estância teria nascido. O trapiche, localizado às margens do rio Piauí, num passado distante serviu como ponto de escoamento da produção açucareira da região. Ao longo dos últimos anos, entretanto, assumiu outras funções: serviu como restaurante, feira de produtos e artesanato, espaço de convivência e até como local para estocagem de pólvora para confecção artesanal dos tão conhecidos buscapés, que se destacam nas noites de celebração das festas juninas de Estância. Segundo relato dos moradores da cidade, uma explosão acontecida em 2007 teria arruinado o Trapiche e a utilização deste espaço por parte dos moradores.


Às margens do Trapiche, barcos de pesca coloridos e pescadores saudosos, com suas histórias e mistérios, compõem uma bela paisagem. Segundo os pescadores, caso haja interesse por parte do visitante, os barcos podem ser utilizados para um passeio pelo rio da região.


Depois de conhecer este importante ponto histórico fomos conhecer o Cristo, que se destaca numa pequena praça, onde também estão o cruzeiro e uma igrejinha. Os participantes do workshop informaram que nos dias de São Pedro, padroeiro do bairro, a comunidade celebra uma importante festa com missa e procissão que conta com a participação de grupos folclóricos como a batucada, por exemplo. Este bairro carrega nas casinhas, nas praças e nos diversos estabelecimentos marcas de uma sociedade emergente fruto da dinamicidade econômica que marcou a cidade ao longo dos séculos XIX e XX.


Saindo do Porto D’Areia fomos conhecer a Fabrica Santa Cruz, que integra o conjunto de indústrias que caracterizou a cidade ao longo do século XIX. A vista da corredeira do rio Piauí, como já imaginávamos, encantou a todos. Como a entrada a este local é restrita, não pudemos permanecer muito tempo na fábrica, deixamos para trás nossa curiosidade e a vontade de conhecer melhor este atrativo.


Da fábrica fomos conhecer a igreja Nossa Senhora do Rosário, localizada Praça Orlando Gomes (Antigo Jardim velho), que guarda no piso superior um pequeno museu com peças raras – ainda não catalogadas – de quadros, castiçais, livros, mantos de padres que possivelmente passaram pela paróquia. Sentimos a necessidade de que alguém com maior conhecimento sobreas peças expostas no museu nos acompanhasse, contribuindo para a compreensão da história que o museu se propõe contar.


A igreja Nossa Senhora do Rosário está localizada no centro de Estância, compondo um expressivo acervo histórico-arquitetônico ao lado de casarões coloniais que guardam até hoje os azulejos portugueses, marca do século XIX.


Pudemos observaralguns pontos que foram destacados pelo participante do workshop Wesley do Nascimento, entre eles, a primeira praça de moradia das famílias portuguesas, Salvador Mendonça, Alvelos e Silva. Ao longo deste passeio, uma agradável melodia podia ser ouvida ao fundo, vinda de alguns alto falantes estrategicamente distribuídos ao longo das ruas e praças Barão do Rio Branco e Largo João Pessoa.


Ao final deste passeio pelo centro histórico de Estância, fizemos uma visita rápida ao centro de artesanato, localizado na Praça Barão do Rio Branco. Neste local, cerca de 10 artesãos e artesãs comercializam produtos diversos.


Saindo do centro, Wesley nos recomendou passar no bairro Bonfim, onde realizamos apenas uma visita panorâmica.


Antes de voltarmos para Aracaju paramos no Atlântico para preenchermos com tranqüilidade as fichas de hierarquização dos atrativos visitados ao longo de todo o dia. Bem atendidos e escutando uma agradável música, terminamos o dia de trabalho degustando pastéis de caranguejo e camarão.

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