segunda-feira, 12 de setembro de 2011

DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO NO POVOADO CRASTO




DIA UM - 20.08.2011



TRILHA NA MATA DO CRASTO
Para a equipe realizar a trilha na Mata do Crasto, foi necessário enviar um ofício à Secretaria Municipal de Turismo de Estância, solicitando autorização de entrada nesta propriedade particular que pertence ao Sr. Jorge do Prado Leite, pai do atual prefeito do município de Estância, Ivan Leite. Como dados da SOS Mata Atlântica apontam que somente cerca de 8% de remanescentes da Mata permanecem bem preservados e a maior taxa de perda foi em Sergipe (que desmatou 50% dos 10.531 km2 de sua área remanescente), percebe-se a importância de restringir a entrada de estranhos na área preservada. Segundo o site do Instituto Amuirandê (http://www.amuirande.org.br/), esta área tornou-se reserva de proteção particular, através do decreto nº 442/89, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), concedendo-lhe o título de primeira Reserva Particular da Fauna e da Flora do Estado de Sergipe.
A trilha ecológica foi realizada pelas duas consultoras Gabriela Nicolau e Melissa Warwick - ambas da empresa contratada pelo IPTI, AMELEE Consultoria Turística -, acompanhadas do restaurador Cristiano Lopes e de três nativos da região, o mateiro Valmir dos Santos e os participantes do Plano de Gestão Participativa do Turismo do município de Santa Luzia do Itanhi, Luis dos Santos e Erisvaldo dos Santos Silva (popularmente conhecido como Bado), considerado uma liderança local do Crasto. Nesta primeira visita, adentramos a propriedade e caminhamos por uma larga trilha em direção a uma fazenda onde nos foi mostrado uma árvore centenária, comum da região, como as maçarandubas, os jequitibás e os embiruçus. O mateiro Valmir coletou um tatu na mata para que a equipe pudesse observá-lo de perto. Segundo os guias, este tatu é popularmente chamado de Serqui e seria o menor de sua espécie. Segundo pesquisas realizadas pela consultoria, o mamífero citado é um dos mais raros do mundo, denominado cientificamente de pichociengo-menor. Porém, as características apontadas na pesquisa contradizem com a aparência do mamífero que foi encontrado. Mais uma vez percebeu-se a necessidade da presença de um biólogo ou um guia de turismo conhecedor da região durante as visitas técnicas no intuito de confirmar a veracidade dos relatos provindos dos guias locais.


Pequeno tatu encontrado na Mata do Crasto.

A segunda trilha realizada pela equipe teve duração de exatas três horas, onde pôde-se presenciar trechos com a mata mais densa e fechada. O caminho, passando por búfalos e uma área completamente queimada e desmatada, nos leva até um manguezal onde paramos para ouvir histórias dos guias e dos seus antepassados quilombolas que ali já se abrigaram. Segundo a consultoria, um barco poderia aguardar os visitantes na margem do rio e a trilha da Mata do Crasto terminaria ali, após uma hora e meia de caminhada. Ao retornar, passamos por um caminho mais largo com chão de terra plano (aparentemente aberto para facilitar o fluxo de automóveis), o que possibilitará a realização de passeios de cavalo, charrete e bicicleta durante a estada do turista no povoado Crasto.


Trilha do Crasto: um dos maiores potenciais turísticos do povoado.




GASTRONOMIA NO CRASTO

O primeiro almoço da equipe foi no Restaurante Brisa do Mar, localizado na principal rua do povoado. O estabelecimento recebeu, em 2001, um certificado do Festival Brasil Sabor, realizado pela ABRASEL e SEBRAE. O prato indicado pelo evento e também degustado pela equipe foi o peixe Carapeba frita à moda do pescador, acompanhado de vinagrete, farofa e salada. Apesar da organização percebida na cozinha e no entorno do estabelecimento, nota-se a necessidade existente de orientações com relação à higiene do local, na prática de segurança dos alimentos e à capacitação de mão de obra dos funcionários.

Já o almoço do segundo dia foi servido por Dona Nice, irmã do pescador e participante do diagnóstico turístico no Crasto, José Rodrigues do Santos (popularmente conhecido como “Careca”). Com a fama de ter cozinhado para famosos políticos e donos de terras da região, ela nos recebeu em sua casa e serviu peixe preparado de inúmeras formas – cozido, frito e com molho – como também catado e fritada de aratu, acompanhados de arroz branco e pirão de peixe. A qualidade da comida é excepcional e a simplicidade de todos que nos receberam é cativante. Ao ser perguntada se gostaria de trabalhar com turismo, afirmou com um certo ânimo, porém justificou em seguida que não tem condições financeiras de montar o seu próprio estabelecimento.
A típica e variada comida de Dona Nice.

Uma das indicações – não só para estes estabelecimentos, mas para todos indicados no roteiro que lidam ou lidarão com alimentos e bebidas - seria tomar conhecimento sobre o Código de Conduta das empresas do setor de alimentação fora do lar, do Programa Qualidade na Mesa. “O Código define valores e princípios que nortearão a atividade desenvolvida pelo setor de alimentação fora do lar e suas relações com os diversos públicos de relacionamento, como fornecedores, clientes, comunidade, entre outros.

Ele abrange ainda os campos mais vulneráveis e importantes para o segmento, dentre os quais se destacam a implementação das Boas Práticas para fabricação e manipulação dos alimentos e o combate à exploração sexual infanto-juvenil.

Fonte:http://abrasel.com.br/docs/codigo_conduta.pdf

A sugestão dada pela consultoria é que donos de bares e restaurantes partícipes do roteiro turístico de Santa Luzia do Itanhi associem-se à ABRASEL/SE – Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, o que proporcionará aos estabelecimentos os seguintes benefícios:
Participação em eventos promocionais como o Brasil Sabor Brasília;
Promoções: seminários, cursos e palestras, estandes em feiras do setor, nos estados;
Assinatura da revista Bares & Restaurantes;
Apoio ao desenvolvimento da gastronomia, do setor de eventos e planejamento do calendário gastronômico turístico;
Parceria com o SEBRAE SE, onde se criou a Gestão Estratégica Orientada para Resultados de Bares e Restaurantes, que elabora projetos para qualificação e desenvolvimento das empresas associadas;
Parceria com o SENAC e outras entidades para a realização de cursos, voltados para a qualificação profissional da equipe das empresas associadas;
Descontos em eventos, como Congresso Nacional Abrasel;
Participação nos guias elaborados pela associação;
Trabalho junto ao setor turístico, mídia e sociedade, visando promover e melhorar a imagem do segmento;

Para se integrar ao quadro de associados da Abrasel/SE, é necessário que a empresa interessada atenda aos padrões de qualidade e qualificação exigidos pelo setor de Entretenimento e Lazer, preencha e envie à Abrasel/SE uma proposta de filiação e a partir da aprovação pela diretoria, pague mensalmente a contribuição determinada.
Fonte: http://www.abraselse.com.br/

RUÍNAS DA IGREJA DO SENHOR DO BONFIM

No começo da tarde, a equipe seguiu para o alto de uma montanha, onde há uma igreja secular em ruínas simbolizando a presença dos jesuítas na região. Segundo os guias locais, a igreja passará por um processo de restauração, mas ainda não há qualquer confirmação concreta sobre a informação. O atrativo entrará no roteiro devido à sua importância histórica e pela suntuosa vista que se tem de todo o povoado do alto da montanha, o que renderá aos visitantes valiosos registros fotográficos.
Ruínas da Igreja Senhor do Bonfim.





REISADO INFANTIL
À noite fomos à praça principal do Crasto, a Praça da Bandeira, para assistir a uma apresentação do grupo de Reisado Infantil organizada pelo comunidade. A apresentação durou em torno de 40 minutos e foi registrada pela equipe de consultoria. O grupo de crianças dançou de forma contagiante, porém ainda não aparenta estar ensaiado ou organizado o suficiente para se apresentar publicamente. Com o desenvolvimento do turismo no povoado, espera-se que os grupos folclóricos (além deste, também há o samba de coco que está inativo) recebam mais apoio do poder publico e incentivo de empresas privadas, parceiras do futuro roteiro turístico de Santa Luzia do Itanhi.


Grupo de Reisado infantil do povoado Crasto



DIA DOIS - 21.08.2011
PASSEIO DE BARCO PELO RIO PIAUÍ

Na manhã do dia seguinte realizamos para um passeio no Rio Piauí , onde saímos de um ponto onde a maioria dos barcos ficam atracados (ao lado da sede do IPTI) e seguimos em direção à Enseada, um ponto elevado de onde se tem uma bela vista do rio e do povoado. Descemos do barco e realizamos uma pequena trilha - ainda muito fechada – até atingir o topo do morro. Foi Imediatamente identificado como ponto estratégico para a instalação de uma tirolesa, levando em consideração o grau de atratividade do local e a proximidade com o rio.




Dali partimos para Olhos D’água, local onde encontra-se um aglomerado de pescadores nativos em seus barcos que passam horas do dia para recolher o seu sustento. Como a ideia do turismo de base comunitária é aproximar ao máximo o turista do morador, consideramos aquele local como ponto de parada para o visitante aprender a pescar junto com os pescadores nativos da região. Segundo o Ministério do Turismo, o Turismo de Pesca é um dos segmentos turísticos que demonstram maior índice de crescimento no mundo. No Brasil, o segmento apresenta também tendência de crescimento, já que a pesca é uma das atividades prediletas dos brasileiros. Após a prática do turismo de pesca amadora, o turista ainda poderá gozar da oportunidade de comer seu próprio peixe preparado em algum dos restaurantes indicados no roteiro.
Pescadores nativos num ponto do rio chamado Olhos D’água.

O Trapiche Velho – também conhecido como As tartarugas, devido ao registro que algumas habitam pela área – foi o terceiro ponto de parada durante o passeio de barco. Apenas um pequeno pedaço da concreto e tijolos restou para contar a história do antigo trapiche localizado na beira do Rio Piauí. Ao descer, percebemos uma imensa quantidade de cascas de ostras espalhados pelo solo. Segundo os nossos guias, os pescadores levam consigo apenas a carne da ostra, deixando para trás toda a parte não-comestível. Neste atrativo, o turista pode usufruir de uma bela vista, das histórias guardadas por trás daquelas ruínas e degustar ostras frescas retiradas do seu habitat natural naquele mesmo momento.
Único pedaço do que restou do antigo Trapiche.


Na Barreira de Cima, a quarta e última parada do passeio de barco, paramos para contemplar a paisagem e banhar-nos no Rio Piauí. Com uma pequena faixa de terra que margeia o rio, aquele ponto poderá servir como local de descanso do turista, onde poderão ser servidos algumas bebidas e mariscos preparados na hora, como camarões e peixes de pequeno porte. A estrutura, que deverá ser simples e prática, poderá ser transportada por outro barco de apoio. Ao deixar este último atrativo, o barco segue para o ponto de onde partiu, concluindo um primoroso e sereno passeio com duração de três horas.


A COMUNIDADE E O RIO


O Rio Piauí está localizado na parte sul do estado de Sergipe e possui uma área geográfica de 4.150 km2, equivalentes a 19% do território estadual. Destaca-se na produtividade de camarão cultivado, ocupando o 4° lugar em termos de área produtiva de Sergipe. A maior parte desse cultivo está localizado no município de Estância, seguido pelo município de Santa Luzia do Itanhi. Através destes dados, retirados do site www.labec.com.br/biodigital, observa-se a relevante importância que o Rio Piauí tem para o município de Santa Luzia e principalmente, para a comunidade do povoado Crasto. A maior fonte de renda da comunidade provém deste rio que, além dos problemas relacionados com os resíduos industriais, sofre danos por meio de outras atividades, como o esgoto a céu aberto, descarte de lixo, assoreamento de rios e riachos, pesca predatória, uso indiscriminado de agrotóxicos e desmatamento. Com a comercialização do roteiro turístico elaborado através do Plano de Gestão Participativa do Turismo de Santa Luzia do Itanhi, espera-se que a comunidade conscientize-se do quão importante o rio é para eles e para o desenvolvimento do turismo na região. Conforme os princípios do Turismo Comunitário da Rede Turisol, o turismo respeita as normas de conservação da região e procura gerar o menor impacto possível no meio ambiente, contribuindo com os projetos de manejo sustentável de recursos naturais, recuperação de áreas degradadas, utilização de energias renováveis, educação ambiental e destinação de resíduos sólidos.




VISITA AO IPTI

O IPTI – Instituto de Pesquisas em Tecnologia e Inovação – possui a missão de promover, continuamente, um ambiente favorável à pesquisa e à inovação, por meio da associação de atores multidisciplinares, com vistas a oferecer soluções integradas entre tecnologia e processos humanos. Como possui uma sede fixa no povoado do Crasto, o instituto faria parte do roteiro turístico com o propósito divulgar suas instalações e apresentar aos visitantes os projetos ainda em desenvolvimento, como o Arte com Ciência, Educação Inclusiva, Ampliação e Fortalecimento da difusão de Tecnologias Sociais através das redes virtuais de conhecimento, o futuro Museu Guigó, o Cultura em Foco e sobretudo, o Plano de Gestão Participativa do Turismo do município de Santa Luzia do Itanhi.



OBSERVAÇÃO NOTURNA

Mais uma opção oferecida ao turista durante a sua estada no Crasto será a observação noturna, atrativo oriundo de um dos projetos do IPTI designado Arte com Ciência, cujo tem como objetivo consolidar uma metodologia re-aplicável de aprimoramento do ensino e da aprendizagem de ciências exatas e naturais. Como destino referencia, pode-se considerar o Turismo Astronômico que acontece durante o Circuito Turístico da Mantiqueira, onde o programa de observação do céu noturno com auxílio de telescópicos poderá começar no fim do dia e prolongar-se noite adentro. Para o completo entendimento e aprendizado, astrônomos experientes fazem uma explicação sobre o céu e suas constelações ao redor do fogo. O visitante encontra no evento, uma rara oportunidade de ver o espaço cósmico com a ajuda de equipamentos e discutir temas como estrelas, planetas, sistema solar, principais constelações, satélites artificiais e tecnologia espacial, corpos celestes, meteoros, ufos e buraco negro.

“Muitos dos milhares de pontos de luz que vemos no céu noturno têm nome, classificam-se dentro de grupos maiores e todos seguem uma harmoniosa ordem universal. A descoberta do nosso sistema solar é acessível a qualquer um de nós, e com certeza ela vira acompanhada de muita satisfação após a observação de elementos tão belos e interessantes, certamente esse é um pensamento que muitos levaram depois dessa breve viagem pelo cosmos.”





OPÇÕES DE PERNOITE NO CRASTO

Após a observação noturna, o turista poderá ter acesso à acomodação num camping com a infraestrutura necessária: banheiros, chuveiros, venda de alimentos e bebidas no local e segurança 24h. Deverá ser realizado um levantamento de terrenos próximos ao rio que poderiam servir como futura área de camping, assim como de moradores que demonstrem interesse em tornar-se investidores do local. Existem outras opções de pernoite no povoado, ao menos até o momento em que o camping passe a ser uma realidade. Uma delas é a Pousada e Cia. Crasto, existente no local, porém necessitando de certas melhorias. É importante fazer contato com o proprietário para avaliar seu interesse em fazer parte do roteiro (seguindo as condições do turismo de base comunitária) e assim, levantar as necessidades básicas para a desenvolvimento do empreendimento. Finalmente, existem as hospedagens domiciliares, nas quais os moradores recebem o visitante em um dos quartos da sua casa, estreitando ainda mais a relação entre a comunidade local e o turista. Os dois participantes assíduos do diagnóstico turístico realizado no Crasto, Bado e Luís, asseguraram que iniciariam uma busca para localizar interessados em fazer do seu do seu lar um futuro meio de hospedagem domiciliar.


Única pousada existente no Crasto.





Para reflexão:

Como a Mata do Crasto está cravada numa região de grande interesse turístico e agrícola, a preocupação do biólogo e pesquisador Marcelo Cardoso de Sousa é justamente a retirada de madeira clandestinamente e disfarçadamente, além da previsão da pavimentação asfáltica para o povoado Crasto, região de grande beleza turística e que para se chegar até ela, passa-se ao longo da reserva. "Projetos de expansão turística em conjunto com improvisações amadorísticas para um turismo ecológico, sem sustentabilidade, possivelmente será desastroso e terá o efeito reverso, caso não seja precedido de estudos técnicos idôneos e desprendidos de pretensões puramente político-eleitoreiras", adverte.

Fonte: http://www.amuirande.org.br/index.php?pg=biblioteca/ler_biblioteca&id=556

Bado e Careca, pescadores nativos do Crasto.

Enseada: um espaço ideal para a prática da tirolesa.

sábado, 10 de setembro de 2011

Segundo dia de Workshop de Roteirização na cidade de Estância

O segundo workshop de roteirização em Estância aconteceu no dia 18 de agosto. O grupo, composto por líderes comunitários, artesãos, agentes da secretaria municipal de turismo se reuniu, como de costume, em frente ao SEBRAE. De lá partimos por volta das 9h rumo ao Trapiche, localizado no bairro Porto D’Areia, local onde, segundo os moradores, a cidade de Estância teria nascido. O trapiche, localizado às margens do rio Piauí, num passado distante serviu como ponto de escoamento da produção açucareira da região. Ao longo dos últimos anos, entretanto, assumiu outras funções: serviu como restaurante, feira de produtos e artesanato, espaço de convivência e até como local para estocagem de pólvora para confecção artesanal dos tão conhecidos buscapés, que se destacam nas noites de celebração das festas juninas de Estância. Segundo relato dos moradores da cidade, uma explosão acontecida em 2007 teria arruinado o Trapiche e a utilização deste espaço por parte dos moradores.


Às margens do Trapiche, barcos de pesca coloridos e pescadores saudosos, com suas histórias e mistérios, compõem uma bela paisagem. Segundo os pescadores, caso haja interesse por parte do visitante, os barcos podem ser utilizados para um passeio pelo rio da região.


Depois de conhecer este importante ponto histórico fomos conhecer o Cristo, que se destaca numa pequena praça, onde também estão o cruzeiro e uma igrejinha. Os participantes do workshop informaram que nos dias de São Pedro, padroeiro do bairro, a comunidade celebra uma importante festa com missa e procissão que conta com a participação de grupos folclóricos como a batucada, por exemplo. Este bairro carrega nas casinhas, nas praças e nos diversos estabelecimentos marcas de uma sociedade emergente fruto da dinamicidade econômica que marcou a cidade ao longo dos séculos XIX e XX.


Saindo do Porto D’Areia fomos conhecer a Fabrica Santa Cruz, que integra o conjunto de indústrias que caracterizou a cidade ao longo do século XIX. A vista da corredeira do rio Piauí, como já imaginávamos, encantou a todos. Como a entrada a este local é restrita, não pudemos permanecer muito tempo na fábrica, deixamos para trás nossa curiosidade e a vontade de conhecer melhor este atrativo.


Da fábrica fomos conhecer a igreja Nossa Senhora do Rosário, localizada Praça Orlando Gomes (Antigo Jardim velho), que guarda no piso superior um pequeno museu com peças raras – ainda não catalogadas – de quadros, castiçais, livros, mantos de padres que possivelmente passaram pela paróquia. Sentimos a necessidade de que alguém com maior conhecimento sobreas peças expostas no museu nos acompanhasse, contribuindo para a compreensão da história que o museu se propõe contar.


A igreja Nossa Senhora do Rosário está localizada no centro de Estância, compondo um expressivo acervo histórico-arquitetônico ao lado de casarões coloniais que guardam até hoje os azulejos portugueses, marca do século XIX.


Pudemos observaralguns pontos que foram destacados pelo participante do workshop Wesley do Nascimento, entre eles, a primeira praça de moradia das famílias portuguesas, Salvador Mendonça, Alvelos e Silva. Ao longo deste passeio, uma agradável melodia podia ser ouvida ao fundo, vinda de alguns alto falantes estrategicamente distribuídos ao longo das ruas e praças Barão do Rio Branco e Largo João Pessoa.


Ao final deste passeio pelo centro histórico de Estância, fizemos uma visita rápida ao centro de artesanato, localizado na Praça Barão do Rio Branco. Neste local, cerca de 10 artesãos e artesãs comercializam produtos diversos.


Saindo do centro, Wesley nos recomendou passar no bairro Bonfim, onde realizamos apenas uma visita panorâmica.


Antes de voltarmos para Aracaju paramos no Atlântico para preenchermos com tranqüilidade as fichas de hierarquização dos atrativos visitados ao longo de todo o dia. Bem atendidos e escutando uma agradável música, terminamos o dia de trabalho degustando pastéis de caranguejo e camarão.

Workshop de Roteirização na cidade de Estância

O workshop de roteirizarão na cidade de Estância, realizado no dia 12 de agosto, teve início às 09h00, quando o grupo se reuniu em frente ao SEBRAE, local onde as oficinas de sensibilização e mobilização aconteceram. Com 8 participantes, a Van disponibilizada pela Secretaria Municipal de Turismo partiu rumo ao povoado Farnaval, atrativo turístico apontado pela líder comunitária do local, Maria José Rodrigues. O percurso de Estância até o Farnaval, estrada de terra, levou cerca de trinta minutos. No caminho, alguns montes de lixo foram encontrados, o que ressaltou a necessidade de um intenso trabalho de educação ambiental com a comunidade e de coleta de lixo por parte da prefeitura e governo do Estado.


O Farnaval, conforme pudemos perceber, é marcado pela presença do mangue, que a comunidade utiliza para se banhar e se divertir nos fins-de-semana. A líder comunitária, Maria, e sua família, possuem um bar e restaurante localizado às margens do rio, num ponto privilegiado parao banho. Gentilmente, e para ter o serviço do restaurante avaliado pelos participantes do workshop, fomos convidados pela líder comunitária a degustar caranguejos e pastéis de aratu, iguarias servidas diariamente sob uma frondosa mangueira. Uma experiência saborosa, em frente às águas calmas da Maré do Farnaval.


Após esta visita, em que foram observados os aspectos mais relevantes no Farnaval (seguindo ficha de avaliação e hierarquização de atrativos) partimos para a Lagoa dos Tambaquis (Lagoa Grande), localizada a 36 quilômetros do centro de Estância. Nesta lagoa, que possui cerca de 09 quilômetros de extensão, tambaquis de 20 quilos se aproximam dos visitantes, permitem que lhe acariciem e chegam a abrir a boca à espera de porções da ração que os proprietários do local, dona Rute Camilo de Azevedo e seu Gildo de Araujo Lira, comercializam por um real (um saquinho). Além de área de lazer, este local pode ser utilizado também como meio de hospedagem, 08 chalés com banheiro e 4 dormitórios para uso comunitário estão disponíveis ao turista, além de área para camping, com capacidade para até 80 barracas. As diárias saem por 50 reais, casal, com café da manhã. Crianças até nove anos não pagam hospedagem.


Na sequência o grupo partiu rumo à praia do Abais. Esta praia, bastante conhecida dos sergipanos, possui inegável beleza natural, com seu mar de águas esverdeadas e suas dunas que se avistam ao longe. No entanto, os escombros da antiga orla que foi engolida pelo mar, as construções precárias que compõem o cenário urbano da praia, e os destroços de grandes casas, fazem com que a visita a esta praia perca um pouco de seu encanto.


Já a praia do Saco, localizada a 18 quilômetros da praia do Abaís, pela estrada da Riboleirinha, por possuir uma intervenção urbana menor que a praia do Abaís, apresenta maior beleza paisagística, com seu mar agitado, sua igrejinha, etc.


Voltando para Estância passamos ainda pelo Porto Cavalo, antigo porto de onde saiam barcos para Mangue Seco. Hoje, de lá, partirá a ponte que está sendo construída pelo governo do Estado que interligará os povoados de Terra Caída (Indiaroba) e Porto dos Cavalos (Estância).


Antes de encerrar as atividades deste dia, paramos no Bar do Sr. Manoel, indicado pela participante Maria Valquíria dos Santos. Lá o grupo degustou um delicioso bobó de camarão e aproveitou o momento de descanso para preencher as fichas de hierarquização de atrativos, utilizando para isso a observação atenta de todos os atrativos visitados neste dia.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO – SEDE DE SANTA LUZIA DO ITANHI

No dia 05 de agosto de 2011, como havíamos agendado com os participantes do Plano de Gestão Participativa do Turismo, nos encontramos para realizar mais um diagnóstico participativo, dessa vez na própria sede do município de Santa Luzia do Itanhi. Antes de iniciarmos a visita, nos reunimos para preencher as tabelas de hierarquização de alguns atrativos já visitados e também, para discorrer sobre o roteiro que faríamos naquele dia.


Fachada do casarão da Fazenda Castelo.

 









José Francisco relatando a história da fazenda.
Vista da fazenda desde a varanda do antigo casarão.

O segundo local visitado para a realização do diagnóstico participativo foi a Igreja de Santa Luzia do Itanhi, localizada no alto de uma pequena colina, logo na entrada do município. Importante atrativo turístico e cultural por ter sido berço católico do estado, foi nesta igreja em que o padre Gaspar Lourenço celebrou a primeira missa de Sergipe, em 1575. Conversamos com o padre da paróquia há três anos e meio, Genivaldo dos Santos, que relatou detalhes sobre o santuário, no qual a princípio era denominado de Igreja São Tomé. Ao ser questionado pela consultora Gabriela Nicolau sobre as características originais que a igreja ainda mantêm desde a sua construção, ele aponta para as paredes de 1 metro e meio de largura, afirmando que estas são as únicas propriedades originais restantes na igreja. O telhado e o piso foram substituídos algumas vezes, assim como o altar, que hoje é uma réplica do original. Todas as imagens (santas e santos) datadas do séculos XVIII, trazidas pelos fundadores do município de Santa Luzia, foram saqueadas ao longo dos anos. Por requerimento do padre, o IPHAN realizou visitas à igreja para análise de uma possível parceria, porém não houve interesse, uma vez que foi constatado que a igreja foi completamente descaracterizada. Apesar de todos esses obstáculos, o Igreja de Santa Luzia tem uma significativa representatividade, levando em consideração a sua acessível localização e a sua história, que - assim como aconteceu com a maior parte da sua estrutura física - nunca poderá ser substituída.













Caminhando em direção à Igreja de Santa Luzia do Itanhi.









Marco que representa a importância histórica e religiosa do atrativo.



O primeiro atrativo visitado foi a Fazenda Castelo, propriedade na qual não conseguimos adentrar durante as visitas aos engenhos de Santa Luzia (no dia 30 de junho) por não termos a devida autorização. Dessa vez, no entanto, contatamos antecipadamente o proprietário, o Sr. Raimundo Juliano, e ao explicarmos o relevante motivo da visitação, a nossa entrada foi permitida. Além dos participantes do workshop, também esteve presente conosco o Secretário Municipal de Finanças e historiador, Ednei Santos, que passou a nos relatar interessantes fatos sobre a história da fazenda e de Santa Luzia do Itanhi desde o início da nossa visita. Fomos recebidos pelo gerente da Fazenda Castelo, o Sr. José Francisco, que explicou o motivo da restrição da entrada no antigo casarão: preservar o imóvel e os objetos de grande estima histórico guardados em seu interior. A boa conservação do local é observada desde a área externa da fazenda - onde se pode avistar as chaminés do antigo engenho de açúcar – até o interior do casarão. Fomos comunicados que fotografias não seriam permitidas no local, já que os proprietários prezam pela privacidade dos itens pessoais da família encontrados ali. A antiga casa impressiona pela fascinante arquitetura, enormes e detalhadas pinturas em diversas paredes dos salões e móveis dos séculos XVIII e XIX encontrados em quase todos os cômodos. Enquanto caminhávamos pelos extensos corredores do casarão, o Sr. José Francisco nos relatava a exímia história da fazenda, cuja foi construída na encosta de uma elevação voltada para o vale do rio Ariquitiba, que cobreja ao norte da cidade de Santa Luzia do Itanhi, e possui um dos conjuntos arquitetônicos mais preservados da memória açucareira sergipana. Fomos informados que o Sr. Raimundo Juliano, tem interesse em abrir as portas da Fazenda Castelo para o turismo – inclusive, já existe um projeto concluído para a construção de um Museu do Engenho, assim como uma área que denominada “Fazenda Ecológica”, com bangalôs e ampla área de lazer para os visitantes – porém, o mesmo alega que só executará o projeto quando o Governo do Estado passar a investir com mais vigor no desenvolvimento do turismo na região sul sergipana.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

OFICINAS DE MOBILIZAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO DE TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA (TBC) E WORKSHOP DE ROTEIRIZAÇÃO EM ESTÂNCIA

No início do mês de julho, a secretaria de turismo de Estância – através da diretora de turismo, Manuela Brasil – organizou a comunidade convidando líderes comunitários e agentes do trade turístico para as oficinas de sensibilização e mobiliação do Turismo de Base Comunitária, que aconteceram nos dias 26 e 28 de julho, das 09h00 às 12h00, no Sebrae de Estância.

No dia 26 de julho foram passadas noções iniciais de turismo, de turismo de base comunitária (TBC), de sustentabilidade e segmentação turística. Este primeiro dia de sensbilização e mobilização contou com a participação de líderes comunitários dos povoados Muculanduba e Farnaval, entre eles, artesãos, proprietários de hotéis e pousadas, além dos secretários de Turismo, Luiz Carlos dos Santos e de Cultura, Juventude e Desporto, Aurenitha Morgana.

No dia 28 de julho foram passadas as diretrizes do TBC e as formas como este tipo de turismo se inserem no macroprograma do Ministério do Turismo, o Programa de Regionalização do Turismo (PRT). Diante do interesse e da disponibilidade dos participantes em seguir adiante, decidimos avançar para a etapa de workshops de roteirização em Estância. Definimos então que voltaríamos a nos encontrar no dia 04 de agosto, na parte da manhã e da tarde.

Oficinas de sensibilização e mobilização realizadas na sede do SEBRAE em Estância.


Pela manhã foi realizada uma dinâmica de grupo com os presentes, a fim de levantar as forças, oportunidades, ameaças e fraquezas existentes no município para o desenvolvimento do turismo. Os principais atrativos turísticos foram, assim, levantados: Lagoa dos Tambaquis, festas juninas, praias, casarões históricos e artesanato local. Em seguida, os principais pontos fracos foram apontados: necessidade de mais segurança e limpeza, melhorias na infraestrutura das praias e acesso aos povoados, manutenção do patrimônio arquitetônico local, entre outros.

Por volta do meio dia, a convite da Secretaria de Turismo de Estância, fomos almoçar no X-PTO, ou “X”, como é chamado este importante restaurante de Estância, que guarda lembranças de um cliente ilustre, o escritor baiano Jorge Amado, que deixou registrado numa placa seu apreço pelo local. A comida caseira e bem temperada foi elogiada por todos. Às 14h00 voltamos ao SEBRAE, onde foi apresentada aos participantes a ficha de hierarquização de atrativos turísticos utilizada pela OMT e o Ministério do Turismo. Para aprender a preenchê-la, utilizamos o Restaurante X-PTO, pontuando com uma escala de 0 a 3 cada um dos itens da ficha.

Restaurante XPTO, visitado e avaliado pelos participantes do workshop de roteirização.


No final do workshop, definimos o dia 12 de agosto, próxima sexta-feira, para realizarmos o primeiro diagnóstico participativo de Estância. Definimos que os atrativos visitados – organizados no que chamamos de Roteiro Praias – serão o povoado Farnaval, onde estão a praia e o mangue, uma mangueira de 200 anos e o restaurante de Maria José Santos Rodrigues (que nos oferecerá pastéis de aratu). Visitaremos ainda as praias do Saco, do Abaís e a lagoa dos Tambaquis. Neste dia, definiremos o segundo dia de diagnóstico, o Roteiro Histórico-Cultural, que contemplará o centro histórico da cidade, a Fábrica Santa Cruz, o Porto d’Areia, o Centro de Artesanato. Se a visita ocorrer como planejada, terminaremos este dia dançando ao som da Batucada, já que a chefe do grupo, dona Josefa Maria Santos de Assunção, tem participado ativamente das oficinas e workshops realizados no Sebrae e ministradas pela consultora em Turismo de Base Comunitária, Gabriela Nicolau.

DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO NOS POVOADOS PAU TORTO, SÃO JOSÉ E PRIAPU.

No dia 22 de julho os diagnósticos participativos foram retomados, depois de três semanas de intervalo. Neste intervalo, aos participantes do workshop de roteirização, que aconteceu no dia 01/07, foi solicitado o preenchimento da ficha de hierarquização com cinco atrativos existentes no entorno ou no município de Santa Luzia.

Como vem acontecendo, nos encontramos às 9h em frente à Secretaria de Educação e Cultura de Santa Luzia. O diagnóstico participativo do dia 22 de julho contemplou o que chamamos “Roteiro Agroturístico”, cujos atrativos se encontram concentrados nos povoados Pau Torto I e II, São José e Priapu, situados a proximadamente 10 km da sede de Santa Luzia.

O ônibus utilizado por nós, cedido pela Secretaria de Educação e Cultura de Santa Luzia, seguiu direto para o Sítio Ebenezer, localizado no povoado Pau Torto II. A visita por esta propriedade foi conduzida pelo proprietário e participante das duas etapas do Plano, o agricultor familiar José Robério de Jesus Sousa. Ao entrarmos em sua propriedade, já em meio ao cultivo de laranjas, ele nos apresentou técnicas orgânicas que emprega para proteger sua plantação e meio ambiente em geral. Em sua propriedade o agricultor cultiva laranjeira, banana, cocos, manga, hortaliças, mandioca, batata doce, inhame, entre outros.

Ao fundo, o proprietário José Robério mostra as mudas destinadas ao reflorestamento do seu sítio.


Perto da área de cultivo, além da casa onde moram os pais de José Robério, há três casinhas que, segundo revelou o agricultor, poderão ser destinadas à hospedagem domiciliar, caso a propriedade venha a ser explorada turisticamente. Perto das pequenas casas há um rio - que em determinados pontos chega a até 1 metro de largura – que servirá também de atrativo turístico aos futuros visitantes.


Casas do sítio Ebenezer que poderão ser adaptadas e utilizadas para hospedagem domiciliar.


Passando o estreito rio que divide a propriedade do agricultor, fizemos um trilha de vinte minutos margeando o rio em meio à mata; uma trilha agradável, de baixo impacto, que poderia ser utilizada como opção ao visitante da propriedade Ebenezer. Cabe ressaltar que a trilha se encontra em propriedade particular, por isso devemos procurar seu proprietário a fim de averiguar a possibilidade de uso turístico da mesma.

Terminada a trilha voltamos ao ônibus e fomos conhecer a nascente do rio, que já se encontra no povoado Priapu. Verificamos que a mesma se encontra em local de difícil acesso e não pôde ser avistada por conta da vegetação alta que a encobre no momento.

Por volta do meio dia fomos almoçar na casa de Dona Rosa, uma conhecida cozinheira da região, situado no povoado São José. Ela e o seu marido foram receptivos e nos trataram muito bem. O cardápio apresentado por Dona Rosa, que incluía desde arroz, salada, feijão de corda, frango ao molho pardo, galinha caipira, farofa, carne assada a sucos naturais de graviola e laranja e sobremesas como doce de banana e doce de leite, foi elogiada por todo o grupo. Analisamos que trata-se de um local que merece ser inserido no roteiro.

O diversificado cardápio de comida caseira oferecido por Dona Rosa.


Depois de uma pequena pausa fomos visitar a casa grande do antigo Engenho São José, uma casa histórica de onde pode-se avistar uma chaminé que sinaliza os tempos de plantio de açúcar. A casa que é citada como Associação Comunitária do povoado, se encontra em estado precário e, aparentemente, sem utilização. Caso seja restaurada, poderá ser utilizada como um atrativo histórico, uma sede para comercialização de produtos artesanais e agropecuários e inclusive, como meio de hospedagem.

Por volta das 14h30 fomos visitar a Cachaçaria Reserva do Barão, situada no povoado Priapu. A cachaça artesanalmente produzida aí e comercializada em todo o pais e inclusive importada para outros países. Nesta visita podemos percorrer compartimentos distintos nos quais a cana de açúcar e transformada em cachaça. O compartimento onde dezenas de tonéis são reservados por cerca de oito anos encanta e emociona os visitantes. Ao final, vemos como a cachaça é engarrafada e como finalmente se encontra para ser comercializada. Nos dias de produção, entre os meses de setembro e janeiro, o proprietário possibilita que o visitante deguste confortavelmente a cachaça. Por possuir apropriada infraestrutura, o local pode ser apontado como um dos atrativos do roteiro que será criado pelo Plano.

Gilton Silva apresenta a etapa de engarrafamento da cachaça Reserva do Barão.

Terminada a visita à cachaçaria, voltamos ao ônibus e fomos visitar a horta orgânica de Priapu, onde se produz tomate, cenoura, quiabo, batata, repolho, alface, entre outros produtos orgânicos. A horta é administrada por quatro mulheres, entre elas Solange dos Santos e Maria Amália Fiel, que nos explicaram como se dá o processo de plantação, colheita e venda de tudo que é produzido por elas. O principal consumidor desses produtos é a Prefeitura de Santa Luzia do Itanhi, que destina estes alimentos às escolas municipais, e a outra parte da produção é comercializada no próprio local.


Equipe visita hortas orgânicas de Priapu.

Com esta visita percebeu-se grande interesse dos agricultores da região em participar do Plano de Gestão Participativa do Turismo, cientes de que os mesmos necessitarão aperfeiçoar as condições de infraestrutura existentes para adequar-se à futura demanda de visitantes nas comunidades.